Criando Dion - Série de ficção científica da Netflix

Mais uma produção original Netflix que chega tímida, meio chatinha nos primeiros capítulos, mas não desista dela, pois vem muito suspense, ficção científica e aquela pitada de super-heróis que a gente adora.

Aqui vamos conhecer a história de Dion. Ele é um garotinho de uns 8 ou 9 anos (não lembro), e mora com sua mãe Nicole. Ela criou ele sozinha após a morte de seu marido Mark. Mas a tarefa fica ainda mais difícil quando o garoto começa a desenvolver habilidades sobrenaturais. Imagina uma criança dessa idade, que para ela é tudo brincadeira, começa a levitar coisas, se teletransportar. Loucura na certa!

Nessa loucura toda, Nicole vai contar com a ajuda do melhor amigo de seu falecido esposo, Pat, para manter esses poderes de Dion em segredo, e protegê-lo de vários perigos. Juntos também tentarão descobrir que mistério ronda a morte do marido dela e de outras pessoas que estão morrendo pelo mundo.

Confesso que a mãe do menino é meio chata às vezes, super protetora de mais, mas dá para entender aquele sentimento de mãe que ela demonstra na série. Como falei ali em cima, se criar uma criança sozinha já é uma loucura, imagina uma criança que faz coisas inimagináveis. E aí está a primeira questão legal que a série quer passar: Ser mãe solteira.

Além disso temos questões de racismo sendo abordada, bullying, e a que mais me tocou: inclusão. Dion está em uma escola nova, e a úncia pessoa que quer ser sua amiga é uma menina que também não tem amigos. Isso porque ela é cadeirante. No começo Dion também tem "preconceito", tem vergonha de falar com ela na frente dos meninos "mais descolados", etc.

É muito legal ver a amizade dos dois personagens crescendo, e interessante a série ter abordado o preconceito em crianças pequenas, na escola, pois a gente sabe que existe. Esperanza (a menina cadeirante), também marca muitas passagens de apertar o coração do espectador. Quando Dion fala que tem poderes, ela super acredita, mas ele diz que ela não pode contar para ninguém, pois ninguém pode saber, e ela fala: "não se preocupe, eu sei como é ser invisível". Uma alfinetada para o preconceito.

A fotografia da série não deixa a desejar e entrega um final aberto, claro, para uma possível segunda temporada. Ahhh e não é uma história simples não. As surpresas que acontecem ao longo dos episódios são muito interessantes, e quando vai chegando no final da série, só empolga cada vez mais, pois vai explicando algumas questões da história.

São apenas nove episódios, e no final você só vai estar querendo mais e mais. Indico muito a série para vocês conhecerem. Achei ela por acaso, não gostei muito no começo, mas depois viciei e adorei!