O Museu da República fica onde era o histórico Palácio do Catete, no bairro do Catete, zona sul da cidade do Rio de Janeiro. O Palácio do Catete tem uma arquitetura neoclássica brasileira do final do século XIX. A missão do Museu é preservar, investigar e comunicar os objetos e documentos que testemunham a memória e a história da forma de governo republicana no Brasil.
O Museu foi fundado em 1960, no dia 15 de novembro, data na qual também se comemora oficialmente a Proclamação da República no Brasil. Com o museu em funcionamento, o jardim do palácio também passou a ser aberto ao público. E ali, muitas pessoas param para passar o dia, fazer pic-nic, etc.
Eu nunca pensei que existisse uma estrutura assim, histórica e linda, tão pertinho do centro do Rio de Janeiro, por isso, em meio as minhas pesquisas, quando vi fotos, decidi ir lá conhecer. Afinal, amo observar lugares que trazem tanta história e cultura para a gente.
A história do Palácio
A região que hoje é o atual bairro do Catete começou a ser ocupada ainda no século XVI e abrigava diversas chácaras de nobres, cafeicultores e comerciantes do Império Brasileiro. O português Antônio Clemente Pinto, Barão de Nova Friburgo, adquiriu terrenos no Catete para a construção da residência.
1858 marcou o início da construção do Palácio Nova Friburgo, que seria a residência do barão e de sua família, projetado pelo arquiteto alemão Carl Friedrich Gustav Waehneldt. O jardim foi organizado de acordo com o projeto atribuído ao paisagista francês Auguste François Marie Glaziou.
A construção do palácio terminou oficialmente em 1866, embora as obras de acabamento continuassem por mais uma década. Porém, o Barão e a Baronesa de Nova Friburgo, Laura Clementina da Silva, não viveram muito tempo na nova casa, pois ele morreu em 1869 e ela, no ano seguinte.
O Palácio do Catete foi um dos primeiros prédios da cidade a ser iluminado por energia elétrica. A energia vinha de uma usina elétrica exclusiva, construída na lateral, abastecida de carvão por um ramal da linha férrea.
Em 1896 o vice-presidente Manuel Vitorino requisitou o antigo Palácio Nova Friburgo para que nele fosse instalada a sede da Presidência da República, que até então havia sido o Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro. Ele foi oficialmente inaugurado como sede da Presidência da República em 24 de fevereiro de 1897, no sexto aniversário da primeira Constituição republicana.
Em 1938, o Palácio do Catete e seu Jardim foram tombados pelo recém-criado Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), hoje Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O tombamento do jardim do Palácio é um instrumento de proteção e preservação de seus traços paisagísticos, que não podem ser alterados sem autorização prévia do IPHAN.
Da inauguração em 1897 até a mudança da capital federal em 1960, dezenove pessoas ocuparam o Palácio do Catete como Presidentes da República, entre eles Prudente de Moraes (1897-1898), Campos Sales (1898-1902), Nilo Peçanha (1909-1910), Getúlio Vargas (1930-1945 e 1954), Eurico Gaspar Dutra (1946-1950), Café Filho (1954-1955) e Juscelino Kubitschek (1956-1961).
O Espaço interno
É só você começar a visitação para perceber o quanto a realeza esteve sempre presente por lá, seja nos móveis, papel de parede, ou até pinturas. Cada detalhe fazendo com que a arquitetura pareça um quadro de arte.
A entrada no Palácio é feita por um portão de ferro fundido na Alemanha. No saguão, seis colunas de mármore levam à escada principal. E essa escada é um dos pontos "altos" da visitação. Não a escada em si, mesmo sendo algo que foi trazido da Alemanha. Mas a subida dela, onde você enxerga pinturas em todas as paredes, estátuas e até uma claraboia de vidro colorido no teto.
O painel central e os arcos são decorados por cenas mitológicas copiadas dos afrescos pintados pelo renascentista italiano Rafael. Os vitrais laterais são de fabricação alemã e retratam musas e outras figuras mitológicas ligadas à ciência e às artes. Em um nicho na parede ao centro há uma cópia em metal da escultura Afrodite de Cápua, do Museu Nacional de Nápoles.
O Salão Nobre ou Salão de Baile relembra a vida social e o luxo da corte. Nele eram realizadas as principais recepções do Palácio. As pinturas verticais representam cenas mitológicas associadas à música e às artes, e, na parte superior das paredes, pinturas em semicírculo referem-se à vida de Apolo, deus da música e da poesia. A presença da música é notada, ainda, nas liras que aparecem no parquet do piso.
Confesso que achei esse salão muito "parecido" (claro em tamanho muito menor), a Galeria dos Espelhos do Palácio de Versalhes. Não é a toa que deve ter sido inspirado, já que o mobiliário e os espelhos biseautés foram adquiridos pelo Barão de Nova Friburgo na França.
O Salão Mourisco é um dos salões que te deixa zonzo de olhar para as paredes. A gente até ficou bem pertinho para ver se era pintura ou relevo os desenhos que tem por lá. E é tudo em relevo. Parece um 3D, mesmo daquelas épocas tão antigas.
Ele tem uma decoração orientalista, em estilo mudéjar, característico da presença árabe na Península Ibérica e no norte da África. Era um espaço destinado ao lazer dos homens, para jogar e fumar. Possui um lustre de bronze dourado e cristal rubi, mobiliário em marfim e é decorado por itens como as esculturas dos "Musicistas Árabes" e um cinzeiro em forma de crocodilo. Os relevos coloridos nas paredes são inspirados na ornamentação do palácio fortaleza de Alhambra em Sevilha, na Espanha.
Existem vários outros cômodos ao longo dos três andares e posso dizer: impossível não ficar deslumbrada com os tetos da maioria deles, que por sinal, é um quadro com uma pintura a parte, em cada um. Só visitando pessoalmente para vocês enxergarem a grandeza que são os detalhes deste local.
O Jardim Histórico
Mas eu não poderia terminar este post sem falar dele: o jardim. Depois que visitei o Palácio de Versalhes em Paris, todo o jardim exuberante que vejo, das realezas da época, me lembra de lá, que se você não visitou ainda, super indico na sua viagem para a Europa.
O Jardim Histórico do Museu da República ocupa uma área de 24.000 m². O projeto é mantido o mais parecido possível com o que vem dos anos, e as árvores e espécies de flora existentes, são preservadas. Nele também encontramos várias estátuas, um lago, e algumas edificações ao seu redor, que ao longo dos anos foram usadas para algum propósito.
Dá para ver que muitas pessoas passam pelo jardim para passear com as crianças, ficar na sombra no intervalo do meio dia, e até caminhar. O local é incrível, agradável e tem aquele ar de tranquilidade. Eu adorei ficar algum tempinho admirando e passeando por ele.
Vai visitar?
O jardim do Museu da República está aberto diariamente das 8 às 18h. Entrada gratuita. O Palácio do Catete está aberto à visitação de terça a domingo. De terça a sexta, com horário de 10 às 17h. Sábados, domingos e feriados, de 11h às 17h. Até dezembro de 2022, a entrada é gratuita, então, aproveitem! Endereço: Rua do Catete, 153 - Catete, Rio de Janeiro
Que lugar incrível. Se eu voltar um dia pro Rio quero visitar.
ResponderExcluirbig beijos
www.luluonthesky.com
Nunca visitei o Palácio do Catete, mas adorei a dica! Achei lindo e um ótimo lugar para fazer várias fotos. Já quero conhecer!
ResponderExcluirhttps://www.biigthais.com/
Beijoos ;*
Super blog
ResponderExcluirPlease read my post
ResponderExcluirRio e suas maravilhas, um passeio que vale demais a pena fazer
ResponderExcluirBeijos
www.pimentadeacucar.com
Um lugar muito lindo de se ver. Eu amei o jardim.
ResponderExcluirBjus!
Oi
ResponderExcluirpelas imagens parece ser um lugar lindo, cada detalhe diferente do teto ao chão.
Tem muito verde também.
http://momentocrivelli.blogspot.com/
Que lugar mais incrivel! Eu amei! ♡
ResponderExcluirhttps://www.blogdamari.com.br/