Na ala de pacientes com câncer, a esperança surge de uma amizade improvável

30 julho 2023


Aos 8 anos, Eric Carter é internado em um hospital após receber o diagnóstico de leucemia. A área destinada a crianças está lotada, então ele é temporariamente alocado no mesmo quarto de Johnson Scott, um solitário veterano de guerra. A partir destes dois protagonistas, o escritor Fábio Magalhães conduz os leitores por uma história comovente em Por que os adultos choram.

Com o sonho de ser um soldado, o garoto pede para que o idoso conte suas lembranças sobre a Segunda Guerra Mundial. Por isso, os capítulos são divididos entre o presente, na luta deles contra o câncer, e o passado, que retoma as principais memórias do militar reformado. O homem compartilha com o menino a felicidade de conhecer a esposa, a dor de perdê-la décadas depois, os traumas dos conflitos e as dificuldades de se relacionar após todas essas experiências.

Nos horários de visitas, a família de Eric sempre ia visitá-lo. Ele apresentava Johnson para todos eles, dizia que ele era seu amigo. Às vezes, Johnson ficava sem jeito e, ao mesmo tempo, feliz por conta disso. Mas havia um porém, Eric não entendia porque ninguém ia visitar Johnson. (Por que os adultos choram, pg. 79).

Na ala de pacientes com câncer, a esperança surge de uma amizade improvável

Em Por que os adultos choram, o autor atravessa ainda as trajetórias de outros personagens, como a enfermeira Rose, cujo maior sonho é trabalhar no hospital e garantir o sustento da família. Elizabeth, a mãe do menino, também tem papel importante, por ser o principal apoio do filho e enfrentar a frustração de uma traição. Outro elemento que complementa a obra é uma playlist no Spotify, que pode ser acessada pelo QR Code disponível nas primeiras páginas e traz composições de nomes como Hans Zimmer e Fernando Velázquez.

Por meio da dualidade entre a inocência de Eric e a melancolia de Johnson, Fábio Magalhães apresenta uma realidade triste, mas a relação entre eles também evidencia como os dias podem se tornar melhores quando as pessoas não estão mais solitárias. É um livro sobre o peso inerente à vida, mas também sobre a necessidade de manter um olhar inocente para suportar o mundo.

Sobre o autor: Nascido em Umuarama e morador de Maria Helena, no interior do Paraná, Fábio Magalhães publicou o primeiro livro aos 24 anos, o conjunto de poemas “Relato de um anjo”. A segunda publicação do autor foi “Eduardo: O Poeta Sem Memória”, sobre a história de um homem que esquece do dia inteiro depois de dormir. O lançamento desta obra aconteceu na banca dos pais em feira livre, como forma de homenagear o trabalho que sustenta a família há anos. Seu projeto mais recente é “Por que os adultos choram”, lançado pela editora Ases da Literatura.


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7 comentários

  1. Oi Mo, tudo bem?
    Os temas parecem bem pesados, não só pela leucemia como também por falar da Segunda Guerra. Ando evitando dramas, mas parece uma história bonita mesmo assim.
    Beijos,

    Priih
    Infinitas Vidas

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  2. Parece un libro un poco triste. Gracias por la reseña Lo tendré en cuenta. Te mando un beso.

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  3. Acredito que seja um livro super interessante de ler
    .
    Uma semana feliz.

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  4. Parece ser um livro excelente, com muitos ensinamentos. Quero muito ler.

    Boa semana!

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    Até mais, Emerson Garcia

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  5. Não conhecia esse livro, mas a história me chamou bastante a atenção.

    https://www.biigthais.com/

    Beijoos ;*

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  6. Parece ser muito interessante. Pessoalmente, eu gosto de obras que mostram os seres humanos em situações limite. É nessas situações que as pessoas costumam se mostrar de modo mais sincero.

    Beijo

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  7. Ah, parece melancólico e belo ao mesmo tempo.. Sempre fujo de livros que vão me fazer chorar mas tem vezes qe não resisto a leitura. Fiquei bem interessada nesse, me pergunto se eu ia chorar demais na leitura

    Abraço,
    Larissa | Parágrafo Cult

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