Primeiros dias de um novo lar (e uma nova vida)

17 abril 2025


Assinei o contrato de compra do meu apartamento no dia 22 de setembro do ano passado. No dia do meu aniversário. O desejo de ter minhas próprias regras, viver em comunidade (no caso, com os vizinhos do condomínio) e conquistar liberdade foram os gatilhos que me impulsionaram. Naquela época, eu sentia que minha vida estava prestes a mudar. Mas não imaginava o quanto.

O último mês foi oficialmente o primeiro “morando no meu apartamento”. Ou, como meu primo brinca, “acampando” nele. Ainda não tem tudo, mas tem o essencial. E engraçado como uma cama e um banquinho já podem ser suficientes pra gente sentir que está em casa.

Acordei cedo com o sol batendo na minha cama, como se ele também estivesse me dando bom dia. Fiz 9 km de caminhada em alguns dias, andei sob o sereno da manhã depois de uma noite mal dormida. A sensação de abrir a porta e sentir o aroma que escolhi para aquele momento é indescritível. A casa ainda está tomando forma, mas o cheiro… ah, o cheiro já é meu.

Fiz reforma. Descobri que, por mais que você limpe, parece que não tem fim (rs). Estou pintando as paredes com as próprias mãos. Cada canto vai ganhando minha energia, minha identidade, minha história. E pra acompanhar esse ritual, sempre tem um cheirinho aceso. Seja um incenso, uma vela ou um aromatizador de ambientes. Às vezes lavanda, às vezes alecrim com limão, às vezes só o cheiro da casa limpa mesmo.

Dormir na hora que quero e com o silêncio que desejei é um luxo que não tem preço. É impressionante como o silêncio, quando escolhido, acolhe. E mais impressionante ainda é como certos aromas conseguem potencializar essa sensação. Tenho um spray de travesseiro com lavanda e camomila que virou meu companheiro antes de dormir. Basta uma borrifada e parece que o corpo entende: é hora de desacelerar.

Conheci muitos vizinhos solícitos e amigáveis. É bonito ver como, mesmo em um mundo tão apressado, ainda existe espaço para o “bom dia”, o “precisa de ajuda?”, o “bem-vinda ao prédio”. Já recebi dicas e sorrisos. Aos poucos, estou me sentindo parte de algo maior.

Mas com certeza, um cantinho que é meu favorito é onde ficam as minhas pedras, incensos, velas e aromatizadores. Sou esse tipo de pessoa. Não só na hora da meditação — aliás, a meditação acontece muitas vezes só com o ato de acender um incenso e respirar fundo. Em qualquer horário é horário pra um bom cheirinho exalando pela casa. É minha forma de purificar, de renovar, de transformar o espaço e também meu estado interno.

Troco os aromas conforme o dia. Alguns me energizam, outros me acalmam. Tenho um difusor que fica ligado quase o dia inteiro — hoje, por exemplo, ele espalha um cheirinho de baunilha com sândalo que parece abraço. É sutil, mas presente. Gosto dessa sutileza que vai preenchendo o ar, sem pressa.

Cada aroma carrega uma memória, uma intenção. Não é só sobre perfumar o ambiente, é sobre criar um clima. Um estado de espírito. Uma atmosfera que me acolhe quando volto da rua, que me inspira quando estou trabalhando, que me embala quando quero apenas existir.

E sei, são muitas opções e bate aquela dúvida de qual produto escolher. Mas quando quero indicação, eu conto com os guias do Top Escolha para comparar as opções e fazer a melhor escolha. E assim vou aprendendo a morar. A me reconhecer nessa nova versão da vida. Aos poucos, minha casa vai ganhando alma. E alma, pra mim, tem cheiro bom.


Um comentário

  1. Boa tarde. Independentemente da sua publicação que classifico de brilhante, que gostei de ler, e agradeço, passo a fim de deixar expressos os meus votos:
    .
    “” De uma Feliz e Santa Páscoa, extensivos à sua família e amizades.““
    .

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